segunda-feira, 13 de junho de 2011

Sobre Corujas 2...

Coruja - A Grande Travessia

Em quase todas as partes do mundo, a coruja tem sido associada aos espíritos da dissolução.
Desde a Idade da Pedra, há evidências do interesse da humanidade por esses pássaros: numa rocha ao sul da França, há uma coruja gravada. Um desenho sumeriano (de 2300-2000 a.C.) mostra uma deusa nua escoltada por corujas. Muitas referências bíblicas associam a coruja à miséria, à desolação e ao luto.

Ovídio e Plínio, entre muitos escritores antigos, relacionam a coruja com a morte e seu canto com um sinal sinistro. E o mesmo acontece entre autores latinos. Em regiões semitas, a coruja é olhada como agente do mal e na Pérsia, como anjo da morte.

Na África, a coruja é comumente ligada à feitiçaria. Quando uma dessas aves aparece numa casa de Bechuanalândia, o xamã é convocado para realizar o exorcismo. Em certas regiões da Nigéria, os nativos evitam pronunciar o nome da coruja, preferindo dizer o pássaro que deixa a gente com medo.

Na América do Norte, os Ojibwas acreditam que é um espírito mau transmudado naquele animal.
No entanto, na China antiga as corujas eram oferecidas em sacrifício religioso e para ornamentar os cantos externos da casa, a fim de proteger todos os ocupantes de coisas maléficas, especialmente o fogo. Em Israel, a coruja cinzenta é considerada um bom sinal, quando aparece perto da colheita. A crença pode ter nascido da observação de que a coruja ataca o animais e pássaros que estragam as colheitas. Autores latinos antigos se referem à prática de pregar uma coruja de asas abertas para impedir que raios e trovões causassem prejuízos àquela casa; tal costume persistiu até o séc. XIX, na Inglaterra. Os romanos usavam figuras de coruja para combater o mau olhado.

Entre as tribos do norte da Ásia, era comum o uso de corujas para combater as forças malignas. Na Índia, penas de coruja são colocadas no travesseiro de crianças inquietas para lhes proporcionar um sono tranqüilo. O povo Ainu, do Japão, faz estátuas de coruja, em madeira, para pregá-las nas portas com o intuito de combater a fome e a peste. Entre os Pawneeses, dos Estados Unidos, o pássaro traz proteção.

Plínio afirmava que o coração de uma coruja, colocado sobre o peito de uma mulher, a forçava a divulgar segredos. Entre os gregos eram atribuídos poderes medicinais aos ovos da coruja: uma sopa deles podia curar epilepsia; cabelos grisalhos tratados com essa sopa, tornavam-se novamente negros. Mas, para ter efeito, o ovo deveria ser aquele que iria gerar uma coruja-macho...

Na mitologia grega está associada à deusa ATENA, talvez por seus hábitos noturnos; ficou sendo o símbolo da comunidade ateniense. Isso também lhe valeu o título de símbolo da sabedoria. Já no sistema hieroglífico egípcio, a coruja simboliza a morte, a noite, o frio e a passividade; também concerne ao reino do sol morto, quer dizer, do sol sob o horizonte, quando atravessa o lago ou o mar das trevas.


Fonte: http://members.fortunecity.com/entremundos1/aves.htm (acesso em 13/06/11)


Abraços!!!

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